
IBICABA
Ópera em três atos
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Libretto
Fernanda L. Godo
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Música
Hanspeter Reimann
As cenas corais na ópera IBICABA desempenham um papel central tanto no aspecto dramático quanto emocional.
Elas refletem não apenas a experiência coletiva do povo, mas também funcionam como uma ressonância musical dos acontecimentos sociais, das esperanças, dos medos e das rupturas políticas.
De forma particularmente marcante, a obra combina elementos tradicionais (como o jodel suíço) com polifonias complexas e sonoridades rítmicas inspiradas nos sons industriais.
A seguir, uma seleção de cenas corais emblemáticas
do 1º Ato da ópera (Glarus, Suíça), com links diretos para os respectivos trechos no YouTube:
Importante sobre os links do YouTube:
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Logo no início da ópera, ouve-se uma melodia simples e popular, cantada por uma turma escolar.
Os coros (operários e patrões) se sobrepõem à melodia infantil – uma representação musical polifônica das estruturas sociais.
Durante a festa do vilarejo, o coro exalta a beleza de Barbara – uma cena alegre e quase folclórica.
O clima muda: o coro zomba de Anton, e a música torna-se cada vez mais agressiva, transformando-se no ritmo das máquinas da fábrica – símbolo sonoro da exploração industrial.
Um momento angustiante: sobre o cantus firmus das crianças que trabalham na fábrica, ouve-se um coro lamentoso dos adultos – uma denúncia da injustiça social.
Após o anúncio das demissões em massa pelo dono da fábrica, ergue-se um poderoso coro de lamento – um terremoto musical de desespero.
Com música animada (tarantela), Paravicini anuncia um futuro promissor no Brasil. O povo segue seu apelo com novo entusiasmo.
Pouco antes da partida, os emigrantes entoam uma canção com jodel – o chamado “tema do paraíso”, que percorre toda a ópera como um fio condutor.
O coro se despede da antiga pátria, olhando com esperança para o suposto paraíso no Brasil – um final comovente para o primeiro ato.